A Lei do Distancimento
na mesma árvore, como
amigos íntimos, o ego e o Eu habitam o mesmo corpo - o
primeiro come os frutos doces e amargos da árvore da vida,
enquanto o último observa com desprendimento."
Mundaka Upanissad
Aqui se trata do eguinho com todo o seu individualismo e Deus Criador de tudo.
O primeiro, o apego, baseia-se no medo e na insegurança - e a necessidade de segurança baseia-se no fato de não conhecermos o nosso verdadeiro Eu. A fonte de riqueza, de abundância ou de qualquer outra coisa do mundo físico encontra-se no Eu; é a consciência que sabe como realizar todas as necessidades. Tudo o mais constitui um símbolo: carros, casas, contas bancárias, roupas e aviões. Os símbolos são transitórios; vêm e vão. Procurar obter estes símbolos é o mesmo que preferir o mapa ao território. Provoca ansiedade; acaba por nos fazer sentir ocos e vazios por dentro, porque estamos a trocar o nosso Eu pelos símbolos do nosso Eu.
O desejo de segurança constitui uma ilusão. Nas antigas tradições de sabedoria, a solução para todo este dilema encontra-se no conhecimento da insegurança, ou no conhecimento da incerteza. Isto significa que o desejo de segurança e certezas, na verdade, constituem uma ligação ao conhecido. E o que é o conhecido? O conhecido é o nosso passado. o conhecido não é mais do que a prisão do condicionamento do passado. Não há evolução aqui absolutamente nenhuma. E quando não há evolução, surge a estagnação, a entropia, a desordem e a decadência. A incerteza, por sua vez, constitui o solo fértil da criatividade e da liberdade puras. A incerteza significa entrar no desconhecido em cada momento da nossa existência.
Todo problema pode ser visto como uma oportunidade de benefícios maiores. Fica-se alerta para as oportunidades baseando-se no conhecimento da incerteza. Se estiver preparado e a oportunidade surgir, a solução aparecerá espontaneamente.
Você pode colocar a Lei do Distanciamento em ação assumindo o compromisso de dar os seguintes passos:
1 - Comprometer-se, hoje, com o distanciamento. Dar a si próprio e aos outros a liberdade de ser o que é. Não imporei ideias rígidas sobre como as coisas deviam ser. Não forçar soluções de problemas, criando assim novos problemas. Participar de tudo, mas com um envolvimento distanciado.
2 - Transformar a incerteza em um ingrediente essencial da própria experiência. Na disponibilidade para aceitar a incerteza, as soluções emergirão espontaneamente do próprio problema, da própria confusão, da própria desordem e do caos. Quanto mais incertas forem as coisas, mais seguro deverá se sentir, porque a incerteza é o caminho da liberdade. Através da sabedoria da incerteza encontrará a segurança.
3 - Entrar no campo de todas as possibilidades e antecipar a excitação que pode ocorrer quando se está aberto a uma infinidade de escolhas. Quando entrar no campo de todas as possibilidades, experimentará toda a diversão, toda a magia, todo o mistério, toda a aventura da vida.
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