quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

MEUS ACHADOS... DE ESTUDOS AO LONGO DA VIDA.

CAMINHO PARA A TRANSFORMÇÃO

                    O maior exemplo de desapego vem das abelhas.
              Após construirem a colméia, abandonam-na. E não a deixam morta, em ruinas, mas viva e repleta de alimento. Todo o mel que fabricaram além do que necessitavam é deixado sem preocupação com o destino que terá. Batem asas para a próxima morada sem olhar para trás.
              Na vida das abelhas temos grande lição. Em geral o homem constrói para si, pensa no valor da propriedade, tem ambição de conseguir mais bens, sofre e briga quando na iminência de perder o que "lutou" para adquirir.
               "Onde estiver nosso coração, ali estarão nossos tesouros....
               Pensamentos e sentimentos formam uma teia prendendo o ser ao que ele julga sua propriedade. Essa teia não o deixa alçar vôo para nossas moradas. E tal impedimento ocorre em vida ou mesmo após a morte, quando um simples pensamento como "para quem vai ficar minha casa?" é capaz de retê-lo em uma etapa que já podia estar superada. Ele fica aprisionado a um plano denso, perde oprtunidades de experiências superiores.

                         Para o homem, tirar a vida  de animais e usá-los como alimento é normal. Derrubar árvores para fazer conservas de seu miolo, também. Costuma comprar o que está pronto e adquirir mais do que necessita; mas as abelhas fabricam o próprio alimento sem nada destruir e, ainda, doam a maior parte dele.

                        A lição das abelhas vem do seu espírito de doação. Num ato incomum de desapego,  abandonam tudo o que levaram a vida para construir. Simplesmente o soltam, sem preocupação se vai para um ou para outro. Deixam o melhor que têm seja para quem for - o que é muito diferente de doar o que não tem valor ou de dirigir a doação para alguém da nossa preferência.


              Se queremos ser livres, se queremos parar de sofrer pelo que temos e pelo que não temos, devemos abrigar em nós um único desejo: o de nos transformar.
              O exercício é ter sempre em mente que nada nem ninguém nos pertence, que não viemos ao mundo para possuir coisas ou pessoas, e que devemos soltá-las. Assim, quando alguém ou algo tem de sair de nossa vida, não alimentamos a ilusão de perda - adquirimos visão mais ampla.

               O Sofrimento vem quando nos fixamos em algo ou em alguém.
                



              O apego embaça o que deveria estar claro: por trás de uma pretensa perda está o ensinamento de que algo melhor para nosso crescimento precisa entrar. E se não abrirmos mão do velho, como pode haver espaço para o novo??

Um comentário:

  1. Santuzza, desapego - lição sábia, grande livramento...
    Se seguimos livres, podemos voar... O apego nos aprisiona e não nos permite investigar os tesouros que moram na imensidão...
    Abraços, Jorge

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