Todos sabem que é quando uma alma fragiliza que o corpo adoece, são emoções de tristezas insuportáveis ou agressividade reprimida. Tanto que os médicos mais antigos cativavam seus doentes ou principalmente as suas doentes, bem mais frequentes nos consultorios do que os homens, usam aquele chavão:
"- Qual foi o aborrecimento que a senhora teve?
- Diga a seu marido ou a seus filhos que não podem te contrariar senão a senhora pode piorar."
Uma grande amiga minha do sul, casada com médico, dizia que " a mulher é um bicho muito doentio, mas pouco morredor."
Esse preâmbulo todo é para lembrar sem dúvida que a alma ou atma, que é eterna, e que é nossa Essência, age mais forte que o corpo ego mortal, e sempre adoece antes do corpo, embora esse último é que dê sinal. Jean Yves Leloup fala num de seus livros sobre "O corpo e seus simbolos."
A Grécia, berço da civilização ocidental, está em todos os jornais esses dias. O jornal Estado de Minas, no domingo passado veio explicando muito bem como ela se atolou na crise.
Mas voltemos a Jean Yves com sua escada da evolução da consciência falar do corpo e seus simbolos.
Desde a memória intra-uterina ou consciência matriz até o instante do nascimento, quando é expulso do útero o ser humano tem uma doença da qual nunca se recupera pela unidade com a mãe que acaba de perder.
Temos que evoluir e começamos a vida por engatinhar para um dia amadurecermos para ficar de pé mas existe esta ressonância entre o nosso corpo físico e o nosso corpo de memórias.
Além disso não somos deste mundo mas é nele que estamos como me disse Sai Baba. Mas precisamos transformar nossa vida que coxeia em uma vida que dança. Tio Klauss tinha uma diferença de cerca de 5 cms entre uma e outra perna, mas a elegância de seu andar era como se dançasse, pois era um bailarino.
O Corpo e a consciência
Ora que pertencemos a dois mundos é certo. O que não lembramos de ver é que temos que analisar nossa vida do ponto de vista físico, psicológico e espiritual. Um grande sábio já dizia que realmente estamos com um pé neste mundo e um pé no outro. O que não podemos esquecer é que temos de ter muita compreensão e aceitação com isso para dançarmos na vida e não vivermos a eterna angustia existencial.
Somos luz e somos sombra. Somos dia e somos noite - temos sol e temos chuva para regar os campos de nossos conhecimentos.
Somos luz e somos sombra. Somos dia e somos noite - temos sol e temos chuva para regar os campos de nossos conhecimentos.
Que o sol esteja sempre a nossa frente
guiando nosso caminho
Que os ventos nos levem pelas costas
Que as chuvas reguem nossos campos
onde depositamos a nossa sementeira
E que até o nosso próximo encontro
Deus nos tenha em na palma de suas mãos.
Tagore, foi quem escreveu isto, naturalmente com suas palavras e um pouco diferente.
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