MIL E UMA MADRUGADAS DE AMOR

               Este seria o nome do livro que pensei um dia escrever, mas não tenho disciplina para tamanha aventura... Além disto, eu queria colocar muitas fotos das viagens e dos meus gurus, e era para ser um livro quase de bolso...

               Minhas viagens de buscadora da luz nunca duravam menos de um mês. Quando começou a aparecer a novela da Índia lembrei-me de um casamento lá perto Himalaia, onde a noiva tão linda, de vermelho, chorava sem parar, pois estava vendo o noivo pela primeira vez. Diga-se de passagem: o noivo era um engenheiro muito bonito e sua mãe havia morrido um ano antes.

               Imagino que vocês podem estar curiosos da razão do meu convite...

               Eu estava hospedada na cobertura de um hotelzinho pequeno e me perguntaram se eu me podia trocar de quarto e ceder aquela suite para a noite de núpcias dos pombinhos - claro que disse que sim, e eles muito agradecidos, deram-me um lutar de honra na festa que durou o dia inteiro, e onde constantemente refaziam as mesas muito enfeitadas no estilo deles.

               A NOIVA e o NOIVO ficavam em lugares mais reservados, separados pelos véus e montes de lindas almofadas.

               Linda e emocionante foi a CERIMÔNIA DO LAVA-PÉS, com flores coloridas e perfumadas.

              Deste lugar fui para Dharamsala fazer um retiro na casa do irmão do Dalai Lama. Não quero parecer bacana, mas é onde o RIchard Geere ficava... Não fiquei no apartamento bacana dele - lá estavam uns franceses. No quanto onde me alojei, sozinha, pude meditar por uma semana.

              Muitas vezes mais voltarei a falar da Índia onde passei momentos maravilhosos da vida. Lá me apaixonei pelo Guzerá e assisti à FESTA DA COLHEITA de cereais...

            Não existia um trator por lá e os bois é que faziam tudo; por isso faziam desenhos lindos nos chifres do gado Guzerá, e pinturas e poesias dedicadas aos animais dos quais eles dependiam para tudo. Esta parte que vi da colheita foi ao sul, perto da região do Sai Baba. Só sei dizer que cortei a Índia, de ônibus, por dezoito horas - coisa difícil de acreditar!

               Ainda espero voltar à Índia para andar num trem de luxo.