terça-feira, 18 de janeiro de 2011

SANTOCHAN = CONTENTAMENTO

               Foi  este o nome que me deram na Índia, e disseram que é a maior riqueza da alma - mais do que nunca preciso repeti-lo agora Santochan - e por nele esta cor bem linda...
               Para me curar quando adoeço é essencial conhecer meu momento e me amar como  sou, e não como eu gostaria de ser, evidentemente. Conhecer sim, porque só se ama o que se conhece, e só se conhece aquilo que se ama. Penso que não que sou uma obra de arte inconcluída, meio rabiscada, mas é preciso  terminá-la. Para isto nasci. 
               E que maravilha é o dom da vida! Vê-la, senti-la, deveria ser todo um feliz contentamento. Quando está plena de luz, de claridade e beleza, é intenso o calor e a vibração do meu coração; quando na sombra e no escuro é preciso recolher, respirar fundo, e procurar no vazio a Essência - que nunca nos abandona. Se aparece alguém na minha solidão vamos curtir esta presença, sem contudo vampirizá-la; todos fogem do náufrago em busca de ar para não se afogar junto.
               O  escuro  pode também nos ser benéfico quando nos vemos como um grãozinho de mostarda ou qualquer outro grão, lançado a terra escura e úmida, que renascerá de novo um dia para a luz.
               A intimidade, felizmente, é um dom muito importante  que foi dado a Santochan.  Ela não tem reserva para as suas emoções, geralmente as comunica a todos, não importa a camada social; conta seus sentimentos mais profundos, de alegria ou de tristeza, com certa facilidade. Dividindo suas emoções, divide-se tristezas e multiplica-se alegrias, como diz  Dalai  Lama, curiosamente muito semelhante a ela. Diz ele que nada tem de reservado e se comunica com qualquer companheiro de viagem, até uma camareira colocada à sua passagem...

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