TUDO É PASSAGEIRO...

               Ontem uma filha chegou a ser bem agressiva comigo, julgando-me mesquinha. Quem julga sempre se machuca também... E hoje amanheci bem triste comigo. Queria ser como São João da Cruz no seu notável dístico: A justiça é o Amor.

               Em minha cabeça eu realizava que a justiça era a liberdade e a vida. Eu estaria sendo mentirosa comigo se pensasse que eu havia conseguido a do Amor... É que para chegar ao amor eu teria primeiro que defender a minha liberdade e a minha vida, entende?

                Mais uma vez descobria que a verdade também é uma dádiva importantíssima de Deus. E quando era criança me ensinaram que liberdade não é fazer o que se quer, mas sim o que se deve.

                Muito obrigada papai, já posso agir no uso da minha liberdade com muita admiração pela minha vida e minha genética, por lembrar-me que desde criança nunca  me escravizei a bens mateirais, antes pelo contrário, era o dever que o fazia.

                 E vejam que presente acabo de descobrir guardado em minha gaveta... E nem sei quando recebi, pois não tem data - só a assinatura de outra minha filha: IZABELLA (na foto no jardim):

 Mãe,
Não consigo me ver sem ti.
Não pelo princípio, mas pela permanência e persistência.
Não só pelo amor,
mas também pelo presente de a cada dia
continuarmos a crescer juntas.
Obrigada pela Força e Fé,
que são, para mim, sua maior herança.
É muito bom hoje ser mãe e filha
e espero poder viver ainda muitos anos neste usufruto,
com a Graça de Deus.
Te amo!

               É aí, meus queridos, que sinto o quanto que, por vocês 7, valeu o meu casamento!