A Índia que mais me apaixonou foi a que vi da primeira vez que fui; quando não existia um trator e nem cavalos - eu vi.
Tudo era feito pelo Zebu - daí serem sagradas as vacas, e o povo não comia carne realmente.
Eu e Nandi, o touro sagrado enfeitado
Tive a sorte de assistir à festa da colheita, quando então eles homenageavam os bois pintando-lhes os chifres e fazendo-lhes versos escritos no chão.
Vacas nas ruas |
Passando por STONEHENGE, gelada e mística, eu pensava que meu nariz ia cair - de tanto frio!
E quando chegamos na Índia, ao Sai Baba, no meu quartinho em frente do Ashram mal cabia a cama agarrada a uma janela baixa, um chuveiro e um vaso em baixo, onde a porta com dificuldade se abria.
Quando eu atravessava a rua pelas manhãs, ansiosa, muitas mãozinhas me agarravam, mãozinhas leprosas de crianças imundas às vezes a pedir uma lata de leite ou uma rupia (trigésima parte de um dólar). Às vezes eu me deixava segurar nas minhas vestes exóticas e dava-lhes algo, noutras gritava sorrindo Don´t touch me, e fazia, como elas, o meu teatro. E os rostos tristes e abatidos punham-se também a sorrir no teatro da vida desvendado. Não havia a menor revolta naqueles rostos famintos.
Esta é minha guia Marilú Martinelli, a quem fui encaminhada por Dirceu Borges |
Mais tarde falarei sobre a minha segunda ida à Índia, quando dormimos em Zurick, seguimos Bombay, e ficamos dois dias em Bangalore.
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