quarta-feira, 13 de abril de 2011

Tagore para meu mestre...Jorge Bichuetti.


Meu mestre mandou que eu escrevesse
poesias facilitando assim sua psiquiatria
Diz ele com muita gentileza
Que meus versos são uma beleza
Mas hoje vou fazer uma falceta
Começando com Tagore que é nossa paixão.

GITANJALI

Deixa a cantilena, o cântico
E a recitação de contas de rosário!
A quem veneras neste recanto solitário
Escuro de portas fechadas?

Abre teus olhos e vê que Deus não está diante de ti
Ele está diante do agricultor
Está lavrando o chão duro
E onde o pedreiro racha pedras
Ele está com eles no sol e na chuva,
E sua roupa está coberta de poeira

Remove teu manto Sagrado
E como Ele desça para o chão empoeirado!
Libertação? Onde se encontra esta libertação?
Nosso mestre assumiu pessoalmente
Com alegria os vínculos da criação!

Ele esta vinulado a nós para sempre
Sai das tuas meditações
E deixa de lado tuas flores e o incenso!
Que mal há se tuas roupas ficam
Gastas e manchadas? Encontra-O e fica com ELE
Na faina e no suor de tua face!

                       (Rabindranath Tagore)


MAR, OH MAR  DA MINHA VIDA. 

Mar Oh! mar da minha vida
vê que eu estou sentida
sossega, acalma deixa a paz chegar
Deixa-me descansar,
 sono, vê se vem com a madrugada
a minha alma esta cansada
e preciso escrever
quando o dia chegar
sem nenhuma razão comandar
da minha preocupação de viver
sem nada querer pensar
só a voz do Espirito Santo escutar
Pois já nao é hora de juntar
O que eu nao penso em levar
é escrever sem pensar
Deixar
O grande artista criar
Ver o belo estremecer
ele é que precisa viver
Através de mim escapar
O que em mim brota sem cessar
E deixa toda a magoa evaporar
ela é só fantasia
é magoa e má poesia
Quero perceber só a beleza
que vem da natureza
que o Criador nos da para acalmar
Vou esvair-me no céu
Vou esvair-me no mar
Como numa cançao de ninar.
                   (Santuzza Tamm)

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