quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

ONTEM FOI UMA TARDE DE AMOR

               Ontem não terminei meu blog. É que Juju, minha netinha de 10 anos, estava todo o tempo me ajudando e saiu dizendo que ia voltar - e eu fiquei a esperar. 
- vovó, esta palavra tem acento,
- põe letra maiúscula, é começo de frase,
- deixa que esta eu corrijo pra você,
- esta palavra começa com v  e não com  w (referindo-se à volkswagen).
               Para encurtar conversa ela sabia tanto que me deixou de pendente, fiquei esperando que ela voltasse e não terminei Barcelona na esperança que ela viesse me dar mais uma aula de computação e nova ortografia. O sentido ficou meio prejudicado mas que importa diante da surpresa que a minha netinha tão nova me deu. No fim eu disse para ela:
- Juju, minha querida, por que você fala com a vovó que acha seu estudo no colégio tão chato, se você com ele já pode até ajudar a vovó tanto assim?
               Vocês até  já devem ter percebido erros mil por aqui. A gente se acostuma fácil com o que é bom, ainda mais quando a aula é dada por uma netinha tão linda como aquela... vou ver se acho um retratinho tão caprichado como ELA é.



               A madrugada linda de Barcelona me trouxe uma curiosíssima cruz no céu - foi uma arte criada por Deus com o sol e as nuvens. Parecia mesmo um quadro de Salvador Dali - e dos mais futuristas.
               Eu acho que sou meio corajosa para dizer que prefiro nosso Oscar Niemayer ao famoso Gaudi. É que dele eu só gosto da Igreja que, de fato, foi uma inspiração maravilhosa - mas é só.
              Foi desta última vez que estive em Barcelona que conhecendo o museu de PICASSO fiquei sabendo a triste, e para mim decepcionante, história de sua vida. Seu maior amigo se suicidou por encontrá-lo em casa com a mulher por quem ele era apaixonado. Daí e da guerra é que surgiu, para mim, o horrível cubismo - arte mais pobre da sua vida. Isto porque pude compará-lo ao suave  e lindo cubismo de SALVADOR DALI.
               Minha vida tem me trazido muitas mudanças de opiniões quando viajo atenta aos meus sentimentos e tenho a coragem suficiente de externá-los.

Um comentário:

  1. Santuzza, só muda quem verdadeiramente viaja; há os que se locomovem, embora, não permitam o novo... Carregam o velho enraizado nas certezas inquestionáeis e, assim, só enxergam o mesmo que um álbum de fotografia lhes revelaria.
    Sua ternura e sua alegria com a família encanta...
    É força e suavidade.
    Abraços jorge

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