terça-feira, 29 de março de 2011

Um pouco mais de Anthony de Melo...

                       Hoje farei meu mestre muito feliz, pois falarei do seu "Thony".
                  Escrevi na página que precede autoliberacion interior:
"Estar desperto é não se deixar afetar por nada e por ninguém.
                                                               E isto é ser Livre."
             

                  Não sou ainda um místico, mas persigo a mística. Quero despertar, viver só o hoje, agora, aceitando a dor para não sofrer e confiar antes de entregasr-me a Deus.
Já nem sei o que é meu e o que é do nosso "Thony", mas em um cursilho de Cristandade há muito tempo já dizia: "Eu aceito, eu entrego, eu confio e agradeço". A dor existe, mas o sofrimento não. Só quando se resiste a dor, ela se torna insuportável - Insuportável e remover o que irremovivel, é procurar a felicidade onde ela não está. Não se luta pelo que não existe.


                  O sofrimento só existe em nossas mentes dormidas. Quando despertarmos tudo se acaba. Acostumei-me a ter um guerreiro como guru e temo o risco de voar com as minhas asas. Temo a solidão tão acostumada estou com esquemas que sensuro. Só amamos dentro de esquemas, mesmo a nós mesmos. Ainda não nos aceitamos. Como aceitar o outro??

Anthony de Mello

                 Em meados de 1987, o Jesuita indio, Anthony de Mello, grande autor de livros espitiuais, como: O Canto do pássaro; Sadhana; Quem pode fazer amanhecer? A oração da rã, morre em Nova York aos 56 anos.O padre  de Mello se tornou famoso por seus cursos e conferencias sobre "Liberação Interior". Toda a sua obra tentava uma síntese entre a espiritualidade do Oriente com a do Ocidente para beneficiar a liberdade e a realização total da pessoa humana.
                        DESPERTAR para estas possibilidades era o objetivo de suas antologias e seus contos tirados tanto da tradição cristã como da budista,  da sufi, sem nunca esconder sua predileção por JESUS. Na época de sua morte ia dar um curso de auto liberação interior em Madrid. Esta nos chega até hoje numa transcrição feita por uma de suas alunas que fez com ele esse curso em Barcelona.
                       Agosto de 1986, Thony como psicologo e Teólogo possuia raizes muito radicais. Com efeito o que ele aqui propõe pode parecer questionavel e heterodoxo e ele insite que se deve questionar tudo para se libertar de tudo o que nos escraviza, impedindo-nos de entender melhor os tempos modernos.

A LUCIDEZ CONSTANTE

Nenhum estudante Zen
presumiria ensinar aos outros
antes de ter vivido com seu mestre
pelo menos dez anos.

Tenno passou, pois, seus dez anos
de aprendizado, junto de seu mestre
e foi, um certo dia, visitá-lo.
Era um dia chuvoso; Tenno, então
foi de tamancos e de guarda-chuva
a visitar seu professor Tan-in.

Logo que entrou, seu Mestre perguntou-lhe:
você deixou lá fora os seus tamancos...
Diga-me agora se os deixou à esquerada
ou à direita di seu guarda-chuva?

Tenno ficou confuso e sem resposta
e percebeu que bão fora capaz
de praticar sempre, constantemente,
uma Atenção Consciente. E decidiu
passar com o Mestre outros dez anos
até que conseguisse essa Atenção Consciente.

O homem que está sempre atento e consciente, sempre presente totalmente a cada momento de sua vida: este é o Mestre!   


A PALHA E A REALIDADE

            Contam que Santo Tomás de Aquino, um dos maiores Teólogos do mundo de repente, no fim da sua vida, parou para escrever. Quando seu secretário se queixou dessa atitude, dizendo que sua obra estava incompleta, o Santo respondeu: Irmão Reginaldo, alguns meses atrás, enquanto celebrava a missa, experimentei algo do Divino. Naquele dia perdi a contade de escrever. De fato, tudo o que escrevi sobre DEUS até aquele dia, agora me parece pura palha."

Nem podia ser de outra maneira quando o Teólogo se torna Místico.

Um Místico desceu a montanha
e, lá embaixo, encontrou-se com ateus
que assim zombaram dele:
"Que coisas tu nos trazes da montanha,
do jardimde delicias em que estavas?"

E o Místico falou: "Tive vontade
de encher minha túnica de flores
pra dar aos meus amigos, ao voltar;
mas tão doce era o perfume do jardim
que me esqueci até da própria túnica."

Os Mestres do Zen Budismo dizem o mesmo mais concisamente:
"Aquele que sabe não fala. Aquele que fala não sabe."


CATAR PEDRAS NA LUA.


            Um dos poucos homens a pisar na lua conta que teve que refrear seus instintos artísticos quando chegou lá.
           Lembra-se que olhou para a Terra e se sentiu extasiado com a visão.
           Por algum tempo ficou grudado ao chão, pensando: "Nossa, é lindo!"
           Então,  procurou se controlar e disse para si mesmo:
          "Pare de perder tempo e vá catar pedras."

Existem dois modos de educar:
o que ensinar como ganhar a vida
e o que ensina a viver.


ACREDITAR NO JUMENTO



O vizinho veio pedir emprestado o jumento de Nasrudin.
-Está fora, emprestado - disse Nasrudin.
Nesse momento, o animal começou a zurrar no estábulo.
-Mas eu o ouço zurrar - disse o vizinho.
              - Em quem vai acreditar, no jumento ou em mim?

Sócrates no mercado

Sócrates


                Sendo um verdadeiro filósofo, Sócrates acreditava que a pessoa sábia instintivamente levaria uma vida parcimoniosa. Ele próprio nem mesmo usava sapatos; contudo, constantemente sentia-se atraído pelo mercado, onde ia, com frequencia, olhar todas as mercadorias expostas.
                 Quando um de seus amigos perguntou por que fazia isso, Sócrates respondeu:
                       - Adoro ir até lá e descobrir que sou perfeitamente feliz sem todo aquele amontoado de coisas.
A espitirualidade não é
saber o que se quer,
mas sim entender do que não se precisa.



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